Não perco por nada!

BRUNA | THIAGO

Mais que best, melhores amigos

A amizade é feita de presença — de saber estar, mesmo no silêncio, na bagunça ou nos sumiços de meses.
Escolhemos esses companheiros de vida porque fazem parte da nossa história — daquelas que ninguém escreve sozinho.
Ter cada um deles ao nosso lado no casamento é reconhecer que o amor também mora nas amizades que resistem ao tempo, às fases e aos nossos dramas.

Liga da Justiça

Tudo começou em 2012, na gelada PUCPR, onde o destino (e um trabalho em grupo) decidiu unir algumas das mulheres mais incríveis, determinadas, briguentas e engraçadas que já pisaram numa sala de aula. Foi ali, no meio de provas, colas, apresentações improvisadas, que nasceu A Liga da Justiça.

Mas por que esse nome poderoso? Porque, a gente pode até não ter superpoderes visíveis, mas tinha algo melhor: afinidade, personalidade forte, tretas e amor verdadeiro. E também porque a gente se sentia meio excluída da sala, então fizemos o que toda boa heroína faria: apelidamos todos os outros grupinhos.

Entre brigas acaloradas sobre quem ia apresentar e confissões sobre a vida, foi se construindo uma amizade de mais de 10 anos. E, claro, com um currículo que nenhuma faculdade poderia prever: teve amiga sendo barrada em balada, teve pulada de muro digna de filme de ação, teve madrugada virando trabalho com olho ardendo e festa do pijama, teve sessão quase diária de pipoteca no intervalo, e famoso e delicioso escondidinho do bloco azul.

Mesmo com a distância, com a correria da vida adulta, com boletos e reuniões, a Liga só cresce — e não é modo de dizer: chegou a Agatha, filha da Luana, a mini-heroína da nova geração; a Zoe, a doguinha mais simpática que muita gente na sala, e o Lupi, o mascote que provavelmente tem mais carisma que muito professor que a gente teve.

O tempo passou, a faculdade acabou, mas a liga permaneceu. Porque amizade de verdade é assim: sobrevive às DRs, aos sumiços do WhatsApp, aos aniversários esquecidos e aos "vamos marcar" que demoram 3 anos para virar realidade. No fim, somos como a Liga da Justiça mesmo: cada uma com sua origem, seu caos, seus superpoderes, mas sempre unidas para salvar umas às outras.

Amizade é quando você não faz questão de nada, a não ser da companhia.

Mário Quintana

Tech-bike em Mibemol

Quando você olha para trás e percebe que certas pessoas estiveram presentes em toda sua história, é indicio de ao menos duas coisas: a primeira é que a vida foi certamente ótima com você, a segunda é que certamente você carrega em sua essência, no minimo traços das caraterísticas das suas maiores convivências.

Não sei se isso funciona para todo mundo da mesma forma, muito menos saberia dar uma dica mais aprofundada do que: "Escolha bem suas amizades", porque, por mais que óbvio, não saberia como funcionaria isto de forma premeditada, intencional.... Não foi o meu caso!, ao menos não conscientemente.

O mais antigo deles, conheci aos meus 3 anos, logo que cheguei a Ponta Grossa. Acho que isso já resume a quantidade de histórias que colecionamos. De repetir palavras erradas repetidamente a ponto de desacostumar a falar certo como "cavinete", "baraloti", ao clássico bullying da nossa geração despolitizada, aos gritos de "CARROOOO" no futebol com gol de chinelo (na descida), passaram-se 34 anos e, se tivemos algum desentendimento foi tão irrelevante a ponto de dizer que simplesmente, não existiu. Matheus é "o chatão" da vida Fitness, que não te deixa acomodar e passar uma semana sedentária.

Segundo dia de aula no Ensino Médio, e descobrimos que eramos vizinhos. Usávamos o mesmo ponto de ônibus, e tão pouco tempo depois, os chinelos com as tiras trocadas, uma demonstração inquestionável da parceria que os [H_S/A] construiriam. Conviver com Nelson exige certa compreensão de que, por mais que você se esforce e estude, o que você aprenderá é que, na humanidade, existem pessoas mais inteligentes. Aceitar é mais barato.

Dudu, eu nem sei como exatamente surgiu no meu caminho, na real acho que sempre esteve lá. Quer alguém para te ajudar com absolutamente qualquer coisa? Que sempre sabe um jeito de fazer e resolver, que não tem preguiça e aceita mexer com as substâncias químicas mais nocivas ao corpo humano? Nem precisa chamar... Dudu é tão talentoso que formaria uma banda de vários integrantes, se o corpo tivesse alguns dedos a mais (comendo um x-salada e com uma criança no colo, ao mesmo tempo). Foi quem me deu oportunidade de mergulhar no mundo da música. É meu corretor de tonalidade, de afinação e sempre será a minha referência para a música e todos os assuntos mais diversos da vida.

Não sei se as coisas que gosto, e sei fazer hoje, são porque gosto, ou porque escrever minha história ao lado de pessoas tão incríveis me transformou num "pato" (que anda, corre e voa, mas não tão bem como os outros animais que o pato deve se orgulhar em conhecer). Sei que sou grato e conto com vocês para aprender sobre esta e todas as outras novas fases da minha vida.⁣